Edwin Georgi

Hoje em dia a relação entre casais tem se tornado assunto constante em conferências, palestras, entrevistas, livros e crônicas ...
Uma dessas crônicas, intitulada "Tênis e Frescobol", de Rubem Alves faz uma analogia entre o casamento e estes dois esportes. As diferenças entre os relacionamentos competitivos e cooperativos. Alguns casais vivem se desentendendo quando conversam, mas se dão super bem em outras questões. Também há aqueles que conversam sobre tudo e melhor ainda, têm as mesmas opiniões. A conclusão que se tem do texto "Tênis e Frescobol" é que os casamentos podem sim dar início como um jogo de tênis e acabar como uma partida de frescobol ou vice-versa. O que vai determinar os bons ou maus caminhos da afinidade é a forma como o casal vai conduzir a "bola", que nada mais é do que os sonhos individuais e conjugais. Quem apostar na cooperação e no diálogo certamente vai enxergar na "bola" os anseios do parceiro e pegá-los para si, tornando-os reais. Agora quem aposta na competitividade e nas confusões, brigas monstruosas, tende a ver seus sonhos e os do outros transformados em frustrações e decepções. Acho importante numa relação, ambos pensar parecido, e ter idéias e visões de vida semelhantes.( Essa é a minha opinião).


Tênis e Frescobol

Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: há os casamentos do tipo Tênis e há os casamentos do tipo Frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam mal. Os casamentos do tipo Frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa. Explico-me.
Para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: "Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria fazer a seguinte pergunta:
"Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?"
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.