Esse caso, e o de milhões de pessoas espalhados pelo mundo devem ser um incentivo a todos os pais a olhar mais a criação de seus filhos. A infância pode proporcionar uma vida feliz a uma pessoa, mas também pode acabar com ela.
Beth Thomas perdeu sua mãe quando tinha apenas um ano de idade. Ela e seu irmão ficaram sob a tutela do pai biológico, que abusava sexualmente da menina, e negligenciava seu irmão. Isso fez com que ele ficasse com a parte de trás do seu crânio achatada por ficar deitado demais em seu berço. Os médicos identificaram os abusos, e as crianças foram acolhidas por uma assistente social, sendo adotados por um casal cristão que não poderiam ter seus próprios filhos. No entanto, a menina Beth começou a ter pesadelos sobre “um homem que caÃa sobre ela e a machucava”. Estes pesadelos preocupavam seus pais adotivos, mas o que realmente os alertou foram certos comportamentos da menina. O constante desejo de fazer mal as pessoas. Inclusive chegou guardar facas de cozinha para matar seus pais adotivos. Ela apresentava diversos sintomas de psicopatia. Se masturbava até sangrar. Matava os filhotes de pássaros em seus ninhos, tentou sufocar seu irmão mais novo enquanto ele dormia, esfaqueou o cão da famÃlia e o perfurou com uma agulha, cortou um colega de classe com um caco de vidro além de se insinuar sexualmente para o seu avô. Planejava de forma fria e calma a morte de seus pais e seu irmão sem culpa ou remorso. O que mais assustava era que a menina sabia o significado e o resultado de suas ações.
DifÃcil se colocar no lugar dos pais adotivos, que apesar de tantas complicações, escolhem tentar amá-la e ajudá-la a descobrir-se como ser humano. Todo o trabalho realizado no centro de recuperação permitiu que Beth se adaptasse para viver em sociedade.
Em 1992 foi lançado o filme com o mesmo nome do documentário, “A Ira de um Anjo” (Child of Rage). A história é (quase) parecida com o caso de Beth: Um Casal que adota uma menina de 7 anos, aparentemente angelical, mas que logo revela uma personalidade cruel. Problemas começam a aparecer com o estranho comportamento da menina, que consegue influenciar maleficamente o irmãozinho, manipular os adultos ao seu redor, mostrando um lado violento e negro de sua personalidade. O casal imagina então que isso se deve ao passado desconhecido dessa criança, e vão buscar respostas na história dessas crianças.
As angústias vividas por esses pais, que se esforçam imensamente para amar essa menina apesar de seu comportamento, são retratadas no filme. Nem o filme nem o documentário são fáceis de assistir. A discussão sobre um fato tão delicado e atual, em alguns momentos se torna intragável. No filme, quando a famÃlia adota as crianças, a menina já tem 7 anos. Ao assistir suas atitudes maquiavélicas, o primeiro sentimento que surge no espectador é raiva, sim, raiva dessa menininha tão cruel. Não é fácil ficar neutro diante de tanta maldade e frieza.
Tanto o filme quanto o documentário apresentam a clara devastação emocional e psÃquica que o abuso infantil pode causar no ser humano. Ainda que retrate um caso de severas complicações, o filme é também um alerta. Ambos chocam bastante, entretanto, o documentário retrata uma realidade forte, com depoimentos e trechos das entrevistas assustadora realizadas com Beth e seu psicólogo, Dr. Ken Magid. O que torna o caso de Beth tão famoso, era a frieza que ela aparentava e também a falta de remorso. Nele Beth descreve o abuso do pai e suas crueldades em detalhes. O que surpreende, além das atrocidades que a menina cometeu, é a frieza com que ela relata cada ato. Beth conta que machucou seu irmão e que desejava matar seus pais, com uma calma que assusta. Décadas se passaram e muitas pessoas ainda se perguntam como Beth Thomas está e o que está fazendo após a sua terapia. Apesar dos relatos atuais sobre sua saúde mental serem positivos, ninguém sabe como ela realmente se sente. Neste caso, podemos ver como os abusos podem desencadear consequências terrÃveis. Também nos mostra que a terapia psicológica pode ser muito eficaz, mesmo em casos de extrema gravidade.
Pesquisando, encontrei alguns relatos que afirmam que Beth obteve licenciatura em enfermagem e é autora do livro “Mais do que uma linha de esperança”. Ela e sua mãe adotiva, Nancy Thomas, criaram uma clÃnica para crianças com distúrbios graves de comportamento. Uma criança com transtorno de apego reativo não pode ser curada totalmente, mas algumas medidas podem ajudar a criança a se desenvolver e vir a ser maduro e responsável.
Abaixo o documentário verÃdico com o depoimento de Beth Thomas quando criança. É arrepiante o que ela fala.
Beth Thomas agora adulta.
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