Pintura de Ariana Richards |
Pintura de Richard S. Johnson |
Um dia que não aceita lamentações.
Um dia em que é possÃvel reverter a dor em alegria.
Transformar a derrota em escada para a vitória.
Renovar as esperanças de viver um grande amor mais uma vez.
Hoje é o dia em que a canção fala de novos hérois, e o meu herói é você.
Quem machucou seu coração?
Pobre infeliz que não sabe o que vai perder.
Quem negou aquela ajuda que você espera?
Coitado de quem não acreditou em você, nem imagina a besteira que fez.
Nesse dia de transformação, você é um grande sol, cujos raios aquecem os sonhos mais distantes.
Como é bom estar perto de você.
Seu sorriso, seu jeito meigo de falar.
Sua educação, suas boas maneiras.
Tudo em você convence as pessoas sem muito esforço.
Vai, abre seu melhor sorriso e mostra para o mundo quem é você.
Mostra a vitória que está escondida em suas mãos.
Abre os dedos devagar.
Um dia em que é possÃvel reverter a dor em alegria.
Transformar a derrota em escada para a vitória.
Renovar as esperanças de viver um grande amor mais uma vez.
Hoje é o dia em que a canção fala de novos hérois, e o meu herói é você.
Quem machucou seu coração?
Pobre infeliz que não sabe o que vai perder.
Quem negou aquela ajuda que você espera?
Coitado de quem não acreditou em você, nem imagina a besteira que fez.
Nesse dia de transformação, você é um grande sol, cujos raios aquecem os sonhos mais distantes.
Como é bom estar perto de você.
Seu sorriso, seu jeito meigo de falar.
Sua educação, suas boas maneiras.
Tudo em você convence as pessoas sem muito esforço.
Vai, abre seu melhor sorriso e mostra para o mundo quem é você.
Mostra a vitória que está escondida em suas mãos.
Abre os dedos devagar.
Imagens Robert Hefferan |
Fixe-se exclusivamente no momento presente, sempre! Seja lá o que for que estiver fazendo, fique no momento presente! Ele é seu, inteiramente seu e merece ser bem vivenciado, bem aproveitado!
As pessoas precisam aprender a viver um dia de cada vez! A se permitir a estar presente, a viver aquele momento! Tem gente que vive fugindo das situações, delas mesmas! Chega de fugir!
Permita-se a viver tudo!
Pois saiba que toda vez que você se permitir a viver inteiramente envolvido o momento presente, a confiança vai aumentar, o gosto pela vida vai ficar acentuado, a auto-estima vai melhorar. Sabia que a confiança é uma das lições mais importantes da vida? Ouça mais a você mesmo, à sua voz interior. Confie mais em você e assim estará confiando em Deus?
Precisamos viver um dia de cada vez, e totalmente envolvidos no presente... Mergulhados no instante presente. Fique mais atento à sua voz interior e perceba como é melhor maneira de reconquistar a confiança e a auto-estima.
Johanna Harmon |
Até quando os seus fantasmas ficarão te impedindo de ter uma vida inteira, completa, digna?
Encarem, a sua realidade, os seus desafios, os seus medos. Nunca mais permita que o medo de fracassar seja maior do que os seus sonhos! E quanto ao desconhecido, ao futuro, deixe-o em seu devido lugar, acalmando os pensamentos que projeta insegurança e pessimismo. Pare de sentir medo do novo, do desconhecido! Pare de sentir medo de errar! Você bem que poderia viver mais livre, né? Não dê tanto poder assim aos medos que você carrega. Você sempre será muito mais poderoso, muito mais forte do que qualquer coisa viu?
Imaginem a vida como um jogo, no qual vocês fazem malabarismo com cinco bolas que lançam ao ar. Essas bolas são: o trabalho, a famÃlia, a saúde, os amigos e o espÃrito.
O trabalho é uma bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima.
Mas as quatro outras são de vidro. Se caÃrem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificadas. Entender isso e buscar sempre o equilÃbrio na sua vida.
Apeguem-se as coisas que são valiosas ao seu coração, sem elas a vida perde o significado...
Não diminua seu próprio valor comparando-se com outras pessoas. Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial. Não fixe seus objetivos com base no que os outros acham importante. Só você tem condições de escolher o que é melhor para si próprio.
Dê valor e respeite as coisas mais queridas de seu coração.
Apegue-se a ela como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido. Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro. Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de suas vidas. Não desista enquanto ainda é capaz de um esforço a mais. Nada termina até o momento em que se deixa de tentar. Não tema admitir que não é perfeito. Não tema enfrentar riscos.
O trabalho é uma bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima.
Mas as quatro outras são de vidro. Se caÃrem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificadas. Entender isso e buscar sempre o equilÃbrio na sua vida.
Apeguem-se as coisas que são valiosas ao seu coração, sem elas a vida perde o significado...
Não diminua seu próprio valor comparando-se com outras pessoas. Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial. Não fixe seus objetivos com base no que os outros acham importante. Só você tem condições de escolher o que é melhor para si próprio.
Dê valor e respeite as coisas mais queridas de seu coração.
Apegue-se a ela como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido. Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro. Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de suas vidas. Não desista enquanto ainda é capaz de um esforço a mais. Nada termina até o momento em que se deixa de tentar. Não tema admitir que não é perfeito. Não tema enfrentar riscos.
Rob Hefferan |
Os trovões e os relâmpagos invadem a madrugada como se fossem durar para sempre.
Não há como ignorar os sentimentos que tomam de assalto nossos frágeis corações.
O medo e a incerteza tiram nosso sono, e passamos minutos infindáveis, imaginando o pior, temerosos de que o céu possa, de um momento para o outro, cair sobre nossas cabeças.
Sem, no entanto, qualquer aviso, o vento vai se acalmando, as gotas de chuva começam a cair com menos violência e o silêncio volta a imperar na noite. Adormecemos sem nos dar conta do final da intempérie, e quando acordamos, com o sol da manhã a nos beijar a fronte, nem sequer nos recordamos das angústias da noite.
Os galhos caÃdos na calçada, a água ainda empoçada na rua, nada, nenhum sinal é suficientemente forte para que nos lembremos do temporal que há poucas horas nos assustava tanto.
Benção ou Maldição?
Você já pensou sobre a força das palavras? Na força negativa e positiva? Sim, afinal, as palavras podem libertar e oprimir, alegrar e entristecer, fazer viver e fazer morrer, aliviar e angustiar, rir e chorar, incentivar e esmorecer, amar e odiar, construir ou destruir, fortalecer ou abater, curar ou ferir, avivar ou matar, bendizer ou amaldiçoar, e assim tantas coisas mais.Tudo isto é possÃvel através de um pequenino órgão do nosso corpo: A lÃngua!
O Poder das Palavras
Estava pensando sobre estas coisas e, coincidentemente, encontrei um texto da escritora Lya Luft. Ela, entre outras coisas, afirma que a palavra faz parte da nossa essência: com ela, nos acercamos do outro, nos entregamos ou nos negamos, apaziguamos, ferimos e matamos. Sim matamos, porque a palavra maldita tem o poder de ferir e matar tal qual uma rajada de balas.
Palavras podem ofender mais do que a realidade, o problema é que não paramos pra pensar sobre isso.
Vejo em tudo isso o poder das palavras.
Pelas palavras fazemos pessoas felizes, fazemos sofrer, trazemos satisfação, magoamos, acariciamos, alegramos, damos prazer , consolamos, geramos raiva, incutimos o medo, produzimos pensadores e pensamentos, inibimos o surgimento de novas idéias, tolhemos a criação de um momento, tornamos sensÃveis os olhares, e uma infinidade de outras coisas mais.
Imagens Chris Anthony |
O Poder das Palavras
Estava pensando sobre estas coisas e, coincidentemente, encontrei um texto da escritora Lya Luft. Ela, entre outras coisas, afirma que a palavra faz parte da nossa essência: com ela, nos acercamos do outro, nos entregamos ou nos negamos, apaziguamos, ferimos e matamos. Sim matamos, porque a palavra maldita tem o poder de ferir e matar tal qual uma rajada de balas.
Palavras podem ofender mais do que a realidade, o problema é que não paramos pra pensar sobre isso.
Vejo em tudo isso o poder das palavras.
Pelas palavras fazemos pessoas felizes, fazemos sofrer, trazemos satisfação, magoamos, acariciamos, alegramos, damos prazer , consolamos, geramos raiva, incutimos o medo, produzimos pensadores e pensamentos, inibimos o surgimento de novas idéias, tolhemos a criação de um momento, tornamos sensÃveis os olhares, e uma infinidade de outras coisas mais.
Ainda bem que o tempo passa! Já imaginou o desespero que tomaria conta de nós se tivéssemos que suportar uma segunda feira eterna?
A beleza de cada dia só existe porque não é duradoura. Tudo o que é belo não pode ser aprisionado, porque aprisionar a beleza é uma forma de desintegrar a sua essência. Dizem que havia uma menina que se maravilhava todas as manhãs com a presença de um pássaro encantado. Ele pousava em sua janela e a presenteava com um canto que não durava mais que cinco minutos. A beleza era tão intensa que o canto a alimentava pelo resto do dia. Certa vez, ela resolveu armar uma armadilha para o pássaro encantado. Quando ele chegou, ela o capturou e o deixou preso na gaiola para que pudesse ouvir por mais tempo o seu canto.
O grande problema é que a gaiola o entristeceu, e triste, deixou de cantar.
Foi então que a menina descobriu que, o canto do pássaro só existia, porque ele era livre. O encanto estava justamente no fato de não o possuir. Livre, ele conseguia derramar na janela do quarto, a parcela de encanto que seria necessário, para que a menina pudesse suportar a vida. O encanto alivia a existência...Aprisionado, ela o possuia, mas não recebia dele o que ela considerava ser a sua maior riqueza: o canto!
Fico pensando que nem sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o encantador, e então o matamos de tristeza.
A beleza de cada dia só existe porque não é duradoura. Tudo o que é belo não pode ser aprisionado, porque aprisionar a beleza é uma forma de desintegrar a sua essência. Dizem que havia uma menina que se maravilhava todas as manhãs com a presença de um pássaro encantado. Ele pousava em sua janela e a presenteava com um canto que não durava mais que cinco minutos. A beleza era tão intensa que o canto a alimentava pelo resto do dia. Certa vez, ela resolveu armar uma armadilha para o pássaro encantado. Quando ele chegou, ela o capturou e o deixou preso na gaiola para que pudesse ouvir por mais tempo o seu canto.
O grande problema é que a gaiola o entristeceu, e triste, deixou de cantar.
Foi então que a menina descobriu que, o canto do pássaro só existia, porque ele era livre. O encanto estava justamente no fato de não o possuir. Livre, ele conseguia derramar na janela do quarto, a parcela de encanto que seria necessário, para que a menina pudesse suportar a vida. O encanto alivia a existência...Aprisionado, ela o possuia, mas não recebia dele o que ela considerava ser a sua maior riqueza: o canto!
Fico pensando que nem sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o encantador, e então o matamos de tristeza.
Vou correndo, como se isso me fizesse escapar dos pingos da chuva que se inicia. Menos tempo na chuva, pode ser ilusório, mas tenho a impressão de que ficarei menos molhado, de que chegarei menos ensopado. Com o canto do olho observo o senhor que com a mangueira termina de limpar a calçada, mesmo sabendo que a chuva há de modificar todo o cenário nos próximos instantes. Ou vai trazer de volta toda a sujeira que ele está tirando ou vai lavar outra vez o que ele acabou de lavar.
A água que cai do céu cai purinha, purinha, é o que penso enquanto corro dela.
A água que cai do céu. Lembro-me do livro da Camille Paglia em que ela afirmava, ou pelo menos foi o que me recordo de ter dali subtraÃdo, que o homem havia optado por viver em grupo por temor aos fenômenos naturais: chuvas, clima, terremotos etc.
A água que cai do céu cai purinha, purinha, é o que penso enquanto corro dela.
A água que cai do céu. Lembro-me do livro da Camille Paglia em que ela afirmava, ou pelo menos foi o que me recordo de ter dali subtraÃdo, que o homem havia optado por viver em grupo por temor aos fenômenos naturais: chuvas, clima, terremotos etc.
Imagem Gabriel Picart |
A luta pela sobrevivência está brutalizando o ser humano. As pessoas vivem extremamente pressionadas. A competição tem servido como justificativa para todos os tipos de absurdos. Milhões de anos depois do homem das cavernas, a vida continua sendo um campo de batalha. As pessoas destroem a si mesmas e aos outros para atingir suas metas. A maneira como constroem seu sucesso é agressiva, e a vitória é saboreada solitariamente, devido ao medo dos adversários.
O preço disso tudo tem sido muito alto. É impressionante o aumento do número de famÃlias desagregadas, do consumo de drogas e da violência insana que nos cerca. Há empresas cujos gerentes, com mais de dez anos de casa, sofreram infarto.
Em muitas delas, as pessoas são consumidas como laranjas: espreme-se o suco e joga-se fora o que delas sobrou, o bagaço. Perdeu-se a dimensão do ser humano. Os Tempos Modernos de Chaplin estão cada dia mais atuais.
Me indicaram o vÃdeo do Miguel Gameiro "Dá-me um abraço" eu na verdade, não conhecia o cantor. Achei muito bonito o vÃdeo, por que transmite um sentimento muito bonito... Tocou-me tão fundo que fui de encontro a mim mesma para refletir sobre tantos acontecimentos que se passaram, tendo tantos momentos preciosos e vividos, e muitas saudades, que ficaram alojadas em mim, e que hoje resolveram acordar por alguns instantes, para me mostrar que à s vezes a gente esquece-se de pequenas coisas, que para alguém pode ser preciosa e grande demais... Como um gesto, um carinho, um aperto de mão, um sorriso, um abraço, um beijo... Quando o horizonte deságua nos meus olhos... a alma filtra os nomes, as palavras, os sonhos, as saudades... Quantas doações de carinho ficam pelos cantos escondidos, e entre poeiras e buracos do caminho. Coisas pequenas, mas grande em sentimentos.
Recebi esse texto e gostaria de dividir com vocês essa história real... O texto é um exemplo de vida, mesmo grande vale a pena ler. Depois que li esse texto, comecei a enxergar com os olhos da alma, ver tudo mais bonito, e de uma forma diferente que antes nem percebia os detalhes. Helen Keller, cega e surda desde bebê, deu a sua resposta neste belo ensaio, publicado no Reader's Digest (Seleções)
O que você olharia se tivesse apenas três dias de visão?
Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no princÃpio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silêncio lhe ensinaria as alegrias do som.
De vez em quando testo meus amigos que enxergam para descobrir o que eles vêem. Há pouco tempo perguntei a uma amiga que voltava de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. "Nada de especial", foi à resposta.
Como é possÃvel, pensei caminhar durante uma hora pelos bosques e não ver nada digno de nota? Eu, que não posso ver, apenas pelo tacto encontro centenas de objetos que me interessam. Sinto a delicada simetria de uma folha. Passo as mãos pela casca lisa de uma bétula ou pelo tronco áspero de um pinheiro.
Na primavera, toco os galhos das árvores na esperança de encontrar um botão, o primeiro sinal da natureza despertando após o sono do inverno. Por vezes, quando tenho muita sorte, pouso suavemente a mão numa arvorezinha e sinto o palpitar feliz de um pássaro cantando.
O que você olharia se tivesse apenas três dias de visão?
Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no princÃpio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silêncio lhe ensinaria as alegrias do som.
De vez em quando testo meus amigos que enxergam para descobrir o que eles vêem. Há pouco tempo perguntei a uma amiga que voltava de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. "Nada de especial", foi à resposta.
Como é possÃvel, pensei caminhar durante uma hora pelos bosques e não ver nada digno de nota? Eu, que não posso ver, apenas pelo tacto encontro centenas de objetos que me interessam. Sinto a delicada simetria de uma folha. Passo as mãos pela casca lisa de uma bétula ou pelo tronco áspero de um pinheiro.
Na primavera, toco os galhos das árvores na esperança de encontrar um botão, o primeiro sinal da natureza despertando após o sono do inverno. Por vezes, quando tenho muita sorte, pouso suavemente a mão numa arvorezinha e sinto o palpitar feliz de um pássaro cantando.
Imagem -Rob Hefferan |
Hoje me dei conta de que as
Pessoas vivem a esperar por algo
E quando surge uma oportunidade
Dizem-se confusas e despreparadas
Sentem que não merecem
Que o tempo certo ainda não chegou
E a vida passa...
E os momentos se acumulam
Como papéis sobre uma mesa
Estamos nos preparando para qualquer coisa.
Mas ainda não aprendemos a viver
A arriscar por aquilo que queremos
A sentir aquilo que sonhamos
E assim adiamos nossas
Vidas por tempo indeterminado
Até que a vida se encarregue
De decidir por nós mesmos.
Percebemos o quanto perdemosE o tanto que poderÃamos ter evitado
Como somos tolos em nossos
Pensamentos limitados
Em nossas emoções contidas
Em nossas ações determinadas
O ser humano se prende em si mesmo
Por medo e desconfiança
Vive como coisa
Num mundo de coisas
O tempo esperado é o agora
Sua consciência lhe direciona
Seus sentidos lhe alertam
Terminei de ler o livro “O Voo da Estirpe” da Escritora Adriana Vargas. Eu fui uma das felizarda que ganhou no sorteio do SITE da Escritora do mês de agosto. Para mim foi um grande presente, pois foi um dos livros mais bonito que já li ultimamente. Gosto muito de ler romance com essa essência, e de reflexões da vida humana... A personagem relaciona-se com o leitor, transmitindo seu sentimento de forma palpável e real. Uma linda história de amor, interrompida pela descoberta de uma doença incurável; com incrÃveis momentos de despedida, juntos em uma viagem com a maior riqueza de detalhes. Quantas vezes deixamos de amar alguém por medo de não dar certo, vemos ali naquele amor tantas coisas que achamos difÃcil de suportar, mas digo que vale a pena sempre tentar...
Imagem Vladimir Volegov |
O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difÃcil e resistente para as minhas pequenas mãos.
Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai faleceu e já não sou mais criança a muito tempo, mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho.
Steve Hanks |
Felicidade é chuva que cai na madrugada, quando dormimos. O que vemos é a terra agradecida, pronta para fecundar o que nela está sepultado, aguardando à hora da ressurreição.
Felicidade é coisa que não tem nome. É silêncio que perpassa os dias tornando-os mais belos e falantes. Felicidade é carinho de mãe em situação de desespero. É olhar de amigo em horas de abandono. É fala calmante em instantes de desconsolo.
Felicidade é palavra pouca que diz muito. É frase dita na hora certa e que vale por livros inteiros.
Eu busco a frase de cada dia, o poema que me espera na esquina, o recado de Deus escrito na minha geladeira... Eu vivo assim... Sem doma, sem dona, sem porteiras, porque a felicidade é meu destino de honra, meu brasão e minha bandeira. Eu quero a felicidade de toda hora.
Não se pode ser jovem para sempre. Mas é possÃvel conservar a imaturidade pelo resto da vida.
"Jane Seabrook"
Eta! Que o adulto é mesmo muito bobo. As coisas simples e boas da vida acabamos perdendo, principalmente nós, mulheres... É isto mesmo. Você já reparou em uma rodinha de homens conversando? Eles riem, contam piadas, criam brincadeiras para se divertir, jogam um ao outro na piscina... são mesmo umas crianças.Que coisa linda que é isto! E nós, mulheres, o nosso grupinho quando está reunido! O que fazemos? Ficamos ali conversando, centradas, preocupadas com a imagem, com a postura, com a elegância, mas será que somos assim? Não, não. Creio foi esta maldita cultura que nos estereotipou e, perdemos o nosso lado lúdico. Que tolas somos! Às vezes tenho vontade de perder a classe, de voltar a ser criança. Neste momento lembro-me dos dias de chuva, das tardes quentes de verão...Que vontade de tirar os sapatos e sair pisando nas poças d'água que aqueles finais de tarde ensolarados formavam após cair um temporal e refrescar a tarde .
Não quero pensar nos transtornos que hoje estas chuvas trazem, quero pensar em ser criança, só quero lembrar-me das brincadeiras quando a chuva cessava.
Tudo começava com o céu escurecendo e uns riscos brilhantes no alto. Aà vinha o vento, "as folhas formando redemoinho no chão", a escuridão invadia a tarde e, no céu apenas uma faixa clara, na altura do horizonte indicava que ainda era dia... Então a água desce, pesada e sonora... Por fim, ela vai embora formando no céu um lindo arco-Ãris.
Imagem -Rob Hefferan |
Imagem Steve Hanks |
Em muitos trechos do caminho, à s vezes bem longos, carregamos muito peso na alma sem também notar. A gente se acostuma muito fácil à s circunstâncias difÃceis que à s vezes podem ser mudadas. A gente se adapta demais ao que faz nossos olhos brilharem menos. A gente camufla a exaustão. A gente inventa inúmeras maneiras para revestir o coração com isolamento acústico para evitar ouvi-lo. A gente faz de conta que a vida é assim mesmo e ponto. A gente arrasta bolas de ferro e faz de conta que carrega pétalas só pra não precisar fazer contato com as nossas insatisfações e agir para transformá-las. A gente carrega tanto peso, no sentimento, um bocado de vezes, porque resiste à mudança o máximo que consegue, até o dia em que a alma, cansada de não ser olhada, encontra o seu jeito de ser vista e de dizer quem é que manda.
Eu fiquei pensando no que esse peso todo, silenciosamente, faz com a alma. No que isso faz com os sonhos mais bonitos e charmosos e arejados.
Para se viver a dois, tem-se de manter acesa a capacidade de seduzir e de conquistar. O tempo, por si, nada resolve. O amor vai ficando para trás quando um dos parceiros pensa que a conquista está definida e relaxa. Como um general romano que, depois de ter conquistado um paÃs, parte para a invasão de um novo território. Porém, todo bom general sabe que, mais do que conquistar, é preciso trabalhar no sentido de manter o território conquistado.
É muito comum homens e mulheres pensarem que, com o casamento, a pessoa amada já está conquistada e, então, partem para outros desafios, sejam profissionais, financeiros ou sociais. E quando se olha para trás, vê-se que ela já não está ali esperando. Ela não ficou estática, como se fosse um apartamento que foi comprado e que permaneceu ali, à espera de mobÃlia.
É muito comum homens e mulheres pensarem que, com o casamento, a pessoa amada já está conquistada e, então, partem para outros desafios, sejam profissionais, financeiros ou sociais. E quando se olha para trás, vê-se que ela já não está ali esperando. Ela não ficou estática, como se fosse um apartamento que foi comprado e que permaneceu ali, à espera de mobÃlia.
Às vezes vivemos situações em que queremos parar o tempo, não deixar aquele momento terminar, brecar os minutos, como se fosse possÃvel perpetuar o instante mágico. Aquele feriado especial onde tudo de bom aconteceu, o dia do casamento, o nascimento do filho esperado. A colação de grau, o primeiro pagamento no banco, o primeiro amor e o primeiro beijo… Fragmentos que vão sendo armazenados em nossa memória, que guarda palavras, cores, nuances e até cheiros, que podemos, felizmente, recordar durante a nossa existência… É esse prazer, que está em arquivos no seu “eu”, que permite a magia de amarrar o tempo,ao pé da árvore da saudade, e permite viajar, mergulhar nas recordações, ganhar energias, novas energias que nos fazem despertar, quando estamos meio tristes, acabrunhados pela situação, desanimados…
Steve Hanks |
Há certos momentos na vida em que nos vemos diante de encruzilhadas, e que temos que escolher um caminho a seguir. Na maior parte das vezes, há duas ou mais escolhas a fazer; continuar na estrada já conhecida, retinha, sem perigo, ou então arriscar-se a tomar um novo caminho, que pode ou não ter pedras, buracos. Aà é que está uma das grandes graças de se viver, a graça de termos a chance de fazer nossas próprias escolhas.
São nossas escolhas que determinam quem somos ou o que viemos a ser. São elas que podem mudar nossa vida, e a vida de muitas outras pessoas. E é graças a nossas escolhas que podemos mudar, inovar, fazer diferente. Ousar. Colorir, deixar preto e branco, sair da margem de nós mesmos. Graças a nossas escolhas que podemos nos reinventar, de sermos aprendizes de nós mesmos.
Jogo a minha rede no mar da vida e às vezes, quando a recolho, descubro que ela retorna vazia.
Não há como não me entristecer e não há como desistir.
Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro, em silêncio: dor que não verte, envenena.
O coração marejado, arrumo, como posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos.
Ajeito, da melhor forma que sei, a força que me move.
Guardo a minha rede e deixo o dia dormir.
Com toda a tristeza pelas redes que voltam vazias, sou corajosa o bastante para não me acostumar com essa ideia.
Não há como não me entristecer e não há como desistir.
Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro, em silêncio: dor que não verte, envenena.
O coração marejado, arrumo, como posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos.
Ajeito, da melhor forma que sei, a força que me move.
Guardo a minha rede e deixo o dia dormir.
Com toda a tristeza pelas redes que voltam vazias, sou corajosa o bastante para não me acostumar com essa ideia.
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, sÃndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.
Tem dia em que eu acordo e, de verdade, pouco importam as minhas dificuldades, sejam elas até já desgastadas pelo tempo, sejam elas viçosas, recentemente inauguradas, tudo me parece perfeito. Tudo é como pode ser agora, eu estou onde consigo estar, o tempo das coisas é o tempo das coisas, e isso vale também para cada pessoa que compartilha a sala de aula comigo.
Tem dia em que eu acordo e faço contato com uma gentileza tão linda que desconhece essa história de acertos e erros, sejam meus ou alheios, viver é trabalhoso e todo mundo se atrapalha, de um jeito ou de outros. Toda gente só precisa de consciência, cura e amor. Toda gente só quer ser feliz.
Tem dia em que eu acordo e faço contato com uma gentileza tão linda que desconhece essa história de acertos e erros, sejam meus ou alheios, viver é trabalhoso e todo mundo se atrapalha, de um jeito ou de outros. Toda gente só precisa de consciência, cura e amor. Toda gente só quer ser feliz.
Tomara que os olhos de inverno das circunstâncias mais doÃdas não sejam capazes de encobrir por muito tempo os nossos olhos de sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer, Ãnfima, tÃmida, para ver também um bocadinho de céu.
A realidade te acolhe
dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita
de tuas palavras
e do teu silêncio.
Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge
da paz e não do ressentimento.
É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.
Gosto quando te calas porque estás como ausente,
e me ouves de longe, minha voz não te toca.
Parece que os olhos tivessem de ti voado
e parece que um beijo te fechara a boca.
Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.
Acho uma pena que falar em coração tenha se tornado uma coisa tão antiga.
Mas o fato é que tornou-se.
Coração dilacerado, coração em pedaços, coração na mão…
Sentimos tudo isso, mas a verbalização soa piegas.
E, no entanto, estamos falando dele, do nosso órgão mais vital,
do nosso armazenador de emoções, do mais forte opositor do cérebro,
este sim, em fase de grande prestÃgio.
O que está em alta?
Os fiz hoje que sinto o coração contente
Enquanto teu amor for meu somente,
Eu farei versos... e serei feliz...
E hei de fazê-los pela vida afora,
Versos de sonho e de amor, e hei depois
Relembrar o passado de nós dois...
Esse passado que começa agora...
Estes versos repletos de ternura são
Versos meus, mas que são teus também...
Sozinha, hás de escutá-los sem ninguém que
Possa perturbar vossa ventura...
No desequilÃbrio dos mares,
as proas giram sozinhas...
Numa das naves que afundaram
é que certamente tu vinhas.
Eu te esperei todos os séculos
sem desespero e sem desgosto,
e morri de infinitas mortes
guardando sempre o mesmo rosto.
Quando as ondas te carregaram
meu olhos, entre águas e areias,
cegaram como os das estátuas,
a tudo quanto existe alheias.
Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria Ãmpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novÃssimos "personal dance", incrÃvel. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
“E tiritam, azuis, os astros lá ao longe”.
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta a tive em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Tenho observado, ultima mente em lugares por onde ando, televisão e outros veÃculos de noticias, pessoas que muitas de suas atitudes, me deixam a meditar bastante.
Pessoas que pensam somente em si próprio como centro do mundo. Isso causa a ignorância, a cólera e o descontrole, que são a origem dos problemas do mundo. Por causa desse egoÃsmo desmedido nosso progresso moral anda a passos lentos, quase parando... Se todos tomassem consciência como é maléfico o egoÃsmo, o mundo seria diferente, as pessoas seriam mais instruÃdas, e a educação não seria tão ruim quanto é hoje, sobretudo no nosso PaÃs.
Pessoas que pensam somente em si próprio como centro do mundo. Isso causa a ignorância, a cólera e o descontrole, que são a origem dos problemas do mundo. Por causa desse egoÃsmo desmedido nosso progresso moral anda a passos lentos, quase parando... Se todos tomassem consciência como é maléfico o egoÃsmo, o mundo seria diferente, as pessoas seriam mais instruÃdas, e a educação não seria tão ruim quanto é hoje, sobretudo no nosso PaÃs.
Às vezes, fico me perguntando por que é tão difÃcil ser transparente...
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas ser transparente é muito mais do que isso.
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente...
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair às máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar...
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde! Mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.
Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas ser transparente é muito mais do que isso.
É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente...
Ser transparente é desnudar a alma, é deixar cair às máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que insistimos tanto em nos empenhar para levantar...
Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde! Mas infelizmente, quase sempre, a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana.
Mais uma semana começando com um lindo dia, e a vida pedindo (bis) para um novo recomeço, para novas alegrias, para um novo dia, nova semana, novo mês, novo ano, e assim vamos espalhando esperança para que novos sonhos venham ser realizados.
Quero agradecer as pessoas amigas que trilham por esse caminho do blog esfera e sempre dá uma paradinha no meu endereço para deixar um carinho. É sempre bom poder sentir em cada palavra escrita a emoção de cada pessoa.
Quem não gostaria de ter um mapa da vida, desses que indicam o caminho da felicidade? Siga por aqui (ou por ali) e encontre realização, plenitude e abundância. Seria fantástico, de fato, até porque nunca correrÃamos o risco de errar!
Noutro dia, um grande amigo, cara espiritualizado, escreveu-me:
Noutro dia, um grande amigo, cara espiritualizado, escreveu-me:
Esse texto é longo, mas vale à pena ler...
O ser tem dois lados: o interior e o exterior. O exterior pode ser
público, mas o interior não pode. Se você tornar o interior público, perderá a
sua alma, perderá a sua face original. Então você viverá como se não tivesse um
ser interior. A vida se torna monótona, fútil.
Isso acontece à s pessoas que levam uma vida pública — polÃticos, astros
de cinema. Eles se tornam públicos, perdem completamente o ser interior; eles
não sabem quem é, a menos que o público fale sobre eles.
Eles dependem da opinião dos outros, não têm o sentimento do próprio
ser.
Uma das mais famosas atrizes, Marilyn Monroe, cometeu suicÃdio, e os
psicanalistas têm meditado sobre os motivos para isso.
Ela era uma das mulheres mais lindas que já existiu, uma das mais
bem-sucedidas. Até mesmo o presidente dos Estados Unidos, Kennedy, estava
apaixonado por ela, e milhões de pessoas a amavam. Não se pode pensar no que
mais se possa ter. Ela tinha tudo.
Mas ela era pública e sabia disso. Até mesmo na alcova, quando o
presidente Kennedy a visitava, ela costumava chamá-lo de "Senhor
Presidente" — como se estivesse tendo relações não com um homem, mas com
uma instituição.
Ela era uma instituição. Pouco a pouco, ela tomou consciência de que não
tinha nada de privado. Uma vez alguém lhe perguntou — ela tinha acabado de
posar nua para um calendário e alguém lhe perguntou:
— Mas você não tinha nada enquanto posava para o calendário?
— Bem... — respondeu ela. — Eu tinha... O rádio ligado.
Exposta, nua, nada seu em particular. Eu acho que ela cometeu suicÃdio
porque essa era a única coisa que poderia ter feito em particular. Tudo era
público;
Essa foi a única coisa que sobrou para fazer por conta própria, sozinha,
algo absolutamente Ãntimo e secreto. As personagens públicas são sempre
atraÃdas para o suicÃdio porque apenas por meio do suicÃdio elas podem ter um
vislumbre de quem são.
Tudo o que é bonito é interior, e o interior significa privacidade. Você
observou as mulheres fazendo amor? Elas sempre fecham os olhos. Elas sabem o
que fazem. O homem continua fazendo amor com os olhos abertos; ele continua
sendo um observador. Ele não está completamente entregue ao ato; não está
totalmente nele.
Ele continua sendo um voyeur, como se outra pessoa estivesse fazendo
amor e ele estivesse observando; como se o ato do amor estivesse numa tela de
TV ou de cinema. Mas a mulher sabe mais porque ela está mais sutilmente
sintonizada com o interior. Ela sempre fecha os olhos. Então o amor tem um
perfume totalmente diferente.
Faça uma coisa: um dia, ao tomar banho, acenda e apague a luz. No
escuro, você ouve melhor a água cair, o som é mais nÃtido. Quando a luz está
acesa, o som não fica tão nÃtido. O que acontece no escuro? No escuro, tudo o
mais desaparece, porque você não pode ver. Só você e o som estão lá.
É por isso que em todos os bons restaurantes evita-se a luz; a luz forte
é evitada. Eles usam velas. Sempre que um restaurante está à luz de velas, o
gosto é melhor — você come bem e o paladar é mais apurado. O encanto envolve
você. Se houver muita iluminação, o paladar desaparece. Os olhos tornam tudo
público.
Na primeira frase da sua MetafÃsica, Aristóteles diz que a visão é o
sentido mais elevado do homem. Não é — na verdade, a visão tornou-se muito
dominadora. Ela monopolizou todo o seu ser e destruiu todos os outros sentidos.
O mestre dele, o mestre de Aristóteles, Platão, diz que existe uma
hierarquia entre os sentidos — a visão está no alto, o toque na base. Ele está
completamente errado. Não existe hierarquia. Todos os sentidos estão no mesmo
nÃvel e não deve haver nenhuma hierarquia entre eles.
Mas você vive através dos olhos: oitenta por cento da sua vida depende
dos olhos. Não deveria ser assim; o equilÃbrio precisa ser restabelecido. Você
também deve tocar, porque o toque tem algo que os olhos não podem dar.
Mas experimente, experimente tocar a mulher que você ama ou o homem que
você ama em plena luz e, depois, tocar no escuro. No escuro o corpo se revela,
no claro ele se esconde.
Você já viu as pinturas de corpos femininos de Renoir? Elas têm algo de
milagroso. Muitos pintores pintaram o corpo feminino, mas não existe comparação
com Renoir. Qual é a diferença? Todos os outros pintores pintaram o corpo
feminino como ele aparece aos olhos. Renoir pintou como ele é sentido pelas
mãos; assim, a pintura tem calor, proximidade, vivacidade.
Quando você toca, algo de muito Ãntimo acontece. Quando você vê, tudo
fica distante. No escuro, em segredo, na privacidade, algo se revela que não
pode ser revelado às claras, na rua. Outros estão vendo e observando: algo
profundo dentro de você se encolhe, não pode desabrochar.
É como se você pusesse sementes no chão para todo mundo olhar. Elas
nunca irão brotar. Elas precisam ser atiradas no fundo do útero da terra, na
escuridão profunda onde ninguém possa vê-las, onde elas começam a brotar e
então nasce uma grande árvore.
Assim como as sementes precisam do escuro e da privacidade, todos os
relacionamentos que são profundos e Ãntimos permanecem no seu interior. Eles
precisam de privacidade, precisam de um lugar onde apenas dois existam. Então
chega um momento em que até mesmo os dois se dissolvem e apenas um existe.
Dois amantes profundamente afinados um com o outro se dissolvem. Apenas
um existe. Eles respiram juntos, estão juntos, existe um companheirismo. Isso
não seria possÃvel se houvesse a presença de observadores. Eles nunca seriam
capazes de relaxar se outros estivessem observando. Os próprios olhos se
tornariam uma barreira. Assim, tudo o que é belo, tudo o que é profundo,
acontece no escuro.
Nos relacionamentos humanos, a privacidade é necessária. O segredo tem
suas próprias razões para existir. Lembre-se disso, e lembre-se sempre de que
você vai se comportar muito tolamente na vida caso se torne totalmente público.
Seria como se alguém virasse os bolsos do avesso. Essa seria a sua
forma, como bolsos virados do avesso. Não há nada de errado em ser voltado para
fora; mas lembre-se de que isso é apenas parte da vida. Não deve se tornar a
totalidade.
Eu não estou querendo dizer para entrar no escuro para sempre. A luz tem
sua própria beleza e o seu próprio sentido.
Se a semente permanecer no escuro para todo o sempre e nunca sair para
receber o sol da manhã, ela morrerá.
Ela precisa entrar no escuro para brotar, para reunir forças, para
tornar-se vital, para renascer, e depois tem de sair e encarar o mundo, a luz,
a tempestade e as chuvas. Ela tem de aceitar o desafio do exterior. Mas esse
desafio só pode ser aceito se você estiver profundamente enraizado
interiormente.
Eu não estou dizendo para você se tornar escapista. Não estou dizendo
para você fechar os olhos, se retrair e nunca mais sair. Estou dizendo
simplesmente para você entrar de modo que possa sair com energia, com amor, com
compaixão.
Entrar, de modo que, quando sair, você não seja mais mendigo, mas rei.
Entrar, de modo que, quando sair, tenha algo a compartilhar — as flores, as
folhas. Entrar de modo que a sua saÃda seja mais rica e não empobrecida. E
sempre se lembre de que, toda vez que se sentir exaurido, a fonte de energia
está no seu interior. Feche os olhos e entre.
Tenha relacionamentos externos, tenha relacionamentos internos também. É
claro que é inevitável ter relacionamentos externos — você anda no mundo, os
relacionamentos profissionais estão aà —, mas eles não devem ser tudo. Eles têm
um papel a desempenhar, mas deve haver algo absolutamente secreto e privado,
algo que você possa chamar de seu.
Foi isso que faltou a Marilyn Monroe. Ela era uma mulher pública,
bem-sucedida, ainda que um completo fracasso.
Quando estava no auge do sucesso e da fama, ela cometeu suicÃdio. Por
que ela cometeu suicÃdio continua sendo um enigma. Ela tinha tudo por que
viver; não se pode conceber mais fama, mais sucesso, mais carisma, mais beleza,
mais saúde do que ela tinha. Estava tudo lá, não era preciso melhorar nada, e
ainda assim faltava alguma coisa. O lado de dentro, o interior, estava vazio.
Então, o suicÃdio foi o único caminho.
Pode ser que você não chegue ao ponto de cometer suicÃdio como Marilyn
Monroe. Pode ser que você seja muito covarde e cometa suicÃdio muito lentamente
— pode ser que você leve setenta anos para cometê-lo — mas ainda assim é
suicÃdio.
A menos que tenha algo dentro de você, que não dependa de nada de fora,
que seja apenas seu — um mundo, um espaço seu, onde possa fechar os olhos e
andar, onde possa esquecer que tudo mais existe — você está cometendo suicÃdio.
A vida nasce dessa fonte interior e se espalha pelo céu afora. Tem de
haver um equilÃbrio; e estou sempre procurando o equilÃbrio. Portanto, não vou
dizer que a sua vida deva ser um livro aberto, não. Alguns capÃtulos abertos,
tudo bem. E alguns capÃtulos completamente fechados, um completo mistério. Se
você for apenas um livro aberto, você será uma prostituta, você simplesmente
vai ficar esperando nu na rua, com o rádio ligado. Não, essa não.
Se todo o seu livro estiver aberto, você será apenas o dia sem noite,
apenas o verão sem inverno. Onde você vai descansar, aonde vai se centrar e
onde vai buscar refúgio? Para onde você irá quando estiver cansado deste mundo?
Para onde irá para orar e meditar? Não; meio a meio está perfeito. Deixe metade
do seu livro aberto — aberto a todos, disponÃvel a todos — e deixe que a outra
metade do seu livro seja tão secreta que apenas raros convidados possam ter
acesso a ela.
Apenas raramente alguém recebe a permissão para entrar no seu templo. É
assim que deve ser. Se a multidão entrar e sair, então o templo não será mais
um templo. Poderá ser o salão de espera de um aeroporto, mas não pode ser um
templo.
Apenas raramente, muito raramente, você permite que alguém entre no seu
eu. É isso que é o amor.
http://www.palavrasdeosho.com
Osho, em "Intimidade: Como Confiar em Si Mesmo e nos Outros"
Um viajante ia caminhando às margens de um grande rio. E seu objetivo era chegar à outra margem. Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio, oferecendo-se para transportá-lo. O pequeno barco envelhecido era provido de dois remos de carvalho. Logo os seus olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés dentro do barco o viajante observou que eram duas palavras. Num dos remos estava escrito Acreditar e no outro Agir.
Esperamos que tudo que nos preocupa se resolva num passe de mágica.
E achamos que a vida seria tão diferente, se pelo menos fôssemos felizes.
E, assim, uns fogem de casa para serem felizes e outros fogem para casa para serem felizes.
Uns se casam para serem felizes e outros se divorciam para serem felizes.
Mais que amor, devemos querer respeito aos nossos sentimentos,
mais que amizades, devemos buscar a cumplicidade de um olhar amigo,
mais que pais amigos, o aconchego de uma famÃlia,
mais que a escola, a sabedoria e a satisfação de aprender,
mais do que ler um livro, viajar na história, ter prazer,
mais do que a emoção, viver a situação com a razão.
Hoje, caminhamos como cegos em busca da felicidade,
mais que amizades, devemos buscar a cumplicidade de um olhar amigo,
mais que pais amigos, o aconchego de uma famÃlia,
mais que a escola, a sabedoria e a satisfação de aprender,
mais do que ler um livro, viajar na história, ter prazer,
mais do que a emoção, viver a situação com a razão.
Hoje, caminhamos como cegos em busca da felicidade,
Numa viagem de comboio, ao longo do percurso, pode acontecer uma grande diversidade de situações.
A nossa existência terrena pode ser comparada a uma dessas viagens, mais ou menos longa.
Primeiro, porque é cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques, e grandes tristezas em algumas partidas.
Quando nascemos, entramos no comboio e deparamos com pessoas que desejamos que sigam sempre conosco: os nossos pais.
A nossa existência terrena pode ser comparada a uma dessas viagens, mais ou menos longa.
Primeiro, porque é cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques, e grandes tristezas em algumas partidas.
Quando nascemos, entramos no comboio e deparamos com pessoas que desejamos que sigam sempre conosco: os nossos pais.
Se me vem tanta glória só de olhar-te,
É pena desigual deixar de ver-te;
Se presumo com obras merecer-te,
Grão paga de um engano é desejar-te.
Se aspiro por quem és a celebrar-te,
Sei certo por quem sou que hei-de ofender-te;
Se mal me quero a mim por bem querer-te,
Que prémio querer posso mais que amar-te?
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
No mundo quis um tempo que se achasse
o bem que por acerto ou sorte vinha;
e, por experimentar que dita tinha,
quis que a Fortuna em mim se experimentasse.
Mas por que meu destino me mostrasse
que nem ter esperanças me convinha,
nunca nesta tão longa vida minha
cousa me deixou ver que desejasse.
o bem que por acerto ou sorte vinha;
e, por experimentar que dita tinha,
quis que a Fortuna em mim se experimentasse.
Mas por que meu destino me mostrasse
que nem ter esperanças me convinha,
nunca nesta tão longa vida minha
cousa me deixou ver que desejasse.
Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havÃamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido.