Imagem Steve Hanks |
Em muitos trechos do caminho, à s vezes bem longos, carregamos muito peso na alma sem também notar. A gente se acostuma muito fácil à s circunstâncias difÃceis que à s vezes podem ser mudadas. A gente se adapta demais ao que faz nossos olhos brilharem menos. A gente camufla a exaustão. A gente inventa inúmeras maneiras para revestir o coração com isolamento acústico para evitar ouvi-lo. A gente faz de conta que a vida é assim mesmo e ponto. A gente arrasta bolas de ferro e faz de conta que carrega pétalas só pra não precisar fazer contato com as nossas insatisfações e agir para transformá-las. A gente carrega tanto peso, no sentimento, um bocado de vezes, porque resiste à mudança o máximo que consegue, até o dia em que a alma, cansada de não ser olhada, encontra o seu jeito de ser vista e de dizer quem é que manda.
Eu fiquei pensando no que esse peso todo, silenciosamente, faz com a alma. No que isso faz com os sonhos mais bonitos e charmosos e arejados.
Para se viver a dois, tem-se de manter acesa a capacidade de seduzir e de conquistar. O tempo, por si, nada resolve. O amor vai ficando para trás quando um dos parceiros pensa que a conquista está definida e relaxa. Como um general romano que, depois de ter conquistado um paÃs, parte para a invasão de um novo território. Porém, todo bom general sabe que, mais do que conquistar, é preciso trabalhar no sentido de manter o território conquistado.
É muito comum homens e mulheres pensarem que, com o casamento, a pessoa amada já está conquistada e, então, partem para outros desafios, sejam profissionais, financeiros ou sociais. E quando se olha para trás, vê-se que ela já não está ali esperando. Ela não ficou estática, como se fosse um apartamento que foi comprado e que permaneceu ali, à espera de mobÃlia.
É muito comum homens e mulheres pensarem que, com o casamento, a pessoa amada já está conquistada e, então, partem para outros desafios, sejam profissionais, financeiros ou sociais. E quando se olha para trás, vê-se que ela já não está ali esperando. Ela não ficou estática, como se fosse um apartamento que foi comprado e que permaneceu ali, à espera de mobÃlia.
Às vezes vivemos situações em que queremos parar o tempo, não deixar aquele momento terminar, brecar os minutos, como se fosse possÃvel perpetuar o instante mágico. Aquele feriado especial onde tudo de bom aconteceu, o dia do casamento, o nascimento do filho esperado. A colação de grau, o primeiro pagamento no banco, o primeiro amor e o primeiro beijo… Fragmentos que vão sendo armazenados em nossa memória, que guarda palavras, cores, nuances e até cheiros, que podemos, felizmente, recordar durante a nossa existência… É esse prazer, que está em arquivos no seu “eu”, que permite a magia de amarrar o tempo,ao pé da árvore da saudade, e permite viajar, mergulhar nas recordações, ganhar energias, novas energias que nos fazem despertar, quando estamos meio tristes, acabrunhados pela situação, desanimados…
Steve Hanks |
Há certos momentos na vida em que nos vemos diante de encruzilhadas, e que temos que escolher um caminho a seguir. Na maior parte das vezes, há duas ou mais escolhas a fazer; continuar na estrada já conhecida, retinha, sem perigo, ou então arriscar-se a tomar um novo caminho, que pode ou não ter pedras, buracos. Aà é que está uma das grandes graças de se viver, a graça de termos a chance de fazer nossas próprias escolhas.
São nossas escolhas que determinam quem somos ou o que viemos a ser. São elas que podem mudar nossa vida, e a vida de muitas outras pessoas. E é graças a nossas escolhas que podemos mudar, inovar, fazer diferente. Ousar. Colorir, deixar preto e branco, sair da margem de nós mesmos. Graças a nossas escolhas que podemos nos reinventar, de sermos aprendizes de nós mesmos.
Jogo a minha rede no mar da vida e às vezes, quando a recolho, descubro que ela retorna vazia.
Não há como não me entristecer e não há como desistir.
Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro, em silêncio: dor que não verte, envenena.
O coração marejado, arrumo, como posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos.
Ajeito, da melhor forma que sei, a força que me move.
Guardo a minha rede e deixo o dia dormir.
Com toda a tristeza pelas redes que voltam vazias, sou corajosa o bastante para não me acostumar com essa ideia.
Não há como não me entristecer e não há como desistir.
Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro, em silêncio: dor que não verte, envenena.
O coração marejado, arrumo, como posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos.
Ajeito, da melhor forma que sei, a força que me move.
Guardo a minha rede e deixo o dia dormir.
Com toda a tristeza pelas redes que voltam vazias, sou corajosa o bastante para não me acostumar com essa ideia.
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...